TEXTO MODULO 1 – UM CASO NA FILOSOFIA II
PROFESSORA CLAUDIA MURTA
SOCRÁTES E A METODOLOGIA EM EAD
Desde a antiguidade clássica, o homem se preocupa com o processo de ensinar e aprender. Na Grécia antiga, a educação era controlada pelos sofistas. Eles foram os primeiros formadores de opinião, pois não se comprometiam com a verdade e transmitiam o saber através de belas retóricas, com a finalidade de persuadir o aprendiz.
Sócrates, por outro lado, inconformado com os discursos vazios, artificiais e superficiais dos sofistas e propôs uma mudança radical no paradigma de busca pelo saber. Ele defende a necessidade de uma verdade única acerca da natureza das coisas, para isso buscava afastar das opiniões e estabelecer definições sobre o conceito das realidades.
Daí, Sócrates inaugura o diálogo como método para o conhecimento. O método socrático, denominado maiêutica, era dividido em três momentos. Partia de uma negativa com Sócrates dizendo nada saber; num segundo momento, utilizando-se da ironia, questionava o conhecimento do seu interlocutor para que, enfim, este pudesse produzir um novo saber. Em outros termos, o método consistia em destruir o saber constituído por meio de perguntas e reconstruí-lo na elaboração da definição do conceito. Porém, Sócrates nem sempre adquire a resposta, na busca do conhecimento, às vezes, as discussões não chegam a conclusões definitivas, terminando em aporias.
O método consistia em fazer com que o interlocutor elaborasse o próprio conhecimento. O verdadeiro mestre é o que faz com que o aprendiz se reaproxime da verdade do conhecimento de que um dia se afastou por esquecimento.
Para Sócrates o fim da educação, então, não era dar a informação sem base que, aliada a um verbalismo superficial e brilhante, constituía o ideal dos sofistas. Era ministrar saber ao indivíduo, pelo desenvolvimento do seu poder de pensamento. Todo o indivíduo tinha em si mesmo a capacidade de conhecer e apreciar verdades como as de fidelidade, honestidade, verdade, honra, amizade, sabedoria, virtude, ou pode adquirir essa capacidade. Neste tipo de conhecimento é que Sócrates se achava interessado, - o conhecimento derivado da própria experiência, o qual constituía a base da boa conduta. Só quem sabe que não sabe procura saber, enquanto os que crêem estar na posse dum saber fictício não são capazes da investigação, não se preocupam consigo mesmos e permanecem irremediavelmente afastados da verdade e da virtude. Este princípio socrático representa a antítese nítida da sofistica. Contra os sofistas que faziam profissão de sabedoria e pretendiam ensiná-la aos outros, Sócrates fez profissão de ignorância. O saber dos sofistas era um não saber, um saber fictício desprovido de verdade, que apenas conferia presunção e jactância e impiedade de assumir a atitude submissa da investigação, a única digna dos homens. (http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/escola/socrates/socratesversussofistas.htm)
Se compararmos a postura de Sócrates ao processo de aprendizagem em EAD, teremos que a metodologia em EAD se aproxima da postura socrática, uma vez que o aluno em EAD é o responsável pela autoria e produção do conteúdo a aprender e tem que estar sempre disposto a aprender. O papel do professor consiste em fazer com que o aluno se reaproxime da verdade do conhecimento da qual se afastou por esquecimento. Para os sofistas, ao contrário, a aquisição do saber ocorre pela imposição da presença do mestre que transmite o conhecimento.
Alunos:
Alaicio Geraldo Gonçalves.
Auro José da Silva Rafael.
Maria Isabel Deps Almeida Assis.
Simony Maria Azevedo Merçon.
Valdenise Simone Melo Moulin Breda.